Making-of

Capítulo 5: Saímos

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Chegamos ao fim das gravações depois de todos esses meses juntos. Pode sair, Marx.
Habitamos e descrevemos lugares. Inventamos nomes e datas. Fizemos uma festa.

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Amanda, Miguel e Zé não ocupam um lugar na cidade. Encontram, enfim, a casa. Percebem quantas cidades cabem dentro da casa e quantas mais precisam ser exploradas. Enquanto Karl Marx continua trancado dentro do quarto.

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Então desligamos as luzes e acabou.
Se Marx saiu, a gente ainda não sabe.

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Capítulo 4: Marx pode entrar

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Arrumar a casa, mudar os móveis de lugar, dividir o quarto.

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Deixamos a rua de lado e voltamos para a casa. Agora sim, tudo faz sentido. Agora sim, tudo começa a mudar. A dimensão do privado dá conta dos desejos mais íntimos dos nossos personagens, é onde eles, enfim, são quem realmente são. E como ser quando há o estranho? Como o lar representa o seguro se agora eles o dividem com uma figura um tanto inusitada e (talvez) até mesmo perigosa?

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Não só a dinâmica da casa se modifica com a chegada de Marx – Miguel e Zé têm agora de dividir o quarto, mas a própria relação dos moradores (o que não deixa de ser a dinâmica da casa) – Miguel e Zé têm agora de dividir o quarto e tudo que isso implica. Por exemplo, nunca se pode deixar um figura como essa sozinha no apartamento, afinal, quem o conhece de verdade? Quem sabe o que ele pode fazer e o que pode acontecer caso alguém o descubra ali?

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Quando gravamos a cena da mudança, tivemos algumas visitas em nosso set. Uma delas foi a da Paula, responsável pelas fotos desse post e também pelo making of a seguir:

Capítulo 3: Quebrando os copos na parede

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Desde o inicio a Amanda foi o personagem que mais nos deu trabalho. Possivelmente por ser o primeiro que criamos e por ter vindo tão fechado, quase alguém que encontramos na rua e reparamos todos os detalhes: as roupas do trabalho, as unhas mal feitas, o cabelo despenteado. Por conta disso, apesar de ter surgido antes, o último convite de ator que fizemos foi para representar Amanda. Quando pensamos que não havia mais jeito, depois de passarmos por diversas possibilidades de atrizes, alguém surgiu com a Analu e não teve volta: era ela o tempo todo. Quando convidamos Analu e contamos a ela sobre o personagem ela disse: sou eu o tempo todo. E foi.

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Diferente do Zé e do Miguel, Amanda sente a cidade em todas as suas dimensões. Ela trabalha no centro e convive diariamente com o caos das ruas, com as confusões dos carros, com a correria do horário de almoço, com o almoço fora do horário. Essa confusão se reflete também na forma como ela age e pensa (ou não?).

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Do outro lado há a casa: um espaço de fuga de toda a impessoalidade das ruas. Entretanto, agora os meninos estão com uma visita – e não é qualquer visita. Seu único espaço de estabilidade de uma hora pra outra perde essa referência. Inclusive sua festa de aniversário, que estava marcada para acontecer no apartamento, tem de ser cancelada (imagina se alguém descobre que o Marx está lá). E também é impossível trazer todos os amigos quando Karl Marx está lá, afinal, não existe festa sem bebida, sem gritos, sem quebrar os copos na parede.

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