cidade

Capítulo 2: É isto?

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Zé está em uma banda. Ele toca violão enquanto cantamos Lou Reed. Em um ensaio, no estúdio, talvez ele descubra que não conhece tão bem as pessoas que o acompanha. Entre um instrumento que não funciona, e o zumbido da distorção e do mal contato, começamos nosso segundo dia de gravações.

No limite entre o real e a ficção, a cena foi construída através de uma experiência.

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A banda decide quais serão as músicas a ser apresentadas no próximo show. Para isso, o diálogo: para isso a língua. E também conhecer o outro e a língua do outro.

Diferente do Miguel, Zé volta para a casa de bicicleta. E agora, a cidade é isto? É a mesma cidade que os dois conhecem e os leva pra casa?

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Capítulo 1: Isto é outra cidade

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No nosso primeiro dia de gravações trabalhamos a relação do Miguel com a cidade. O personagem volta pra casa e se depara com a rua. Ao contrário da casa, a cidade não respeita a dimensão do privado. Durante todo o dia é cortada por milhões de passos. Nada é de ninguém. As pichações não têm dono. As pichações falam de coisas que a gente não entende. Mas são. A cidade é o lugar do efêmero, do transitório. A gente não fica, a gente passa. Mas fica.

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Certa vez, li uma pichação que dizia: “quantas cidades tenho em mim?”. E esse é o caminho.

Os carros, os viadutos, as construções de concreto. Qual é a nossa relação com a cidade? Como eu ando por essa cidade? O que dela é meu e o que meu é dela?

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A forma como Miguel interage com a cidade, mesmo sendo desinteressado voltando pra casa, é importante para percebermos a maneira como ele a enxerga. Ou melhor, como eles se relacionam.

Por que ruas ele passa? Com quais pessoas ele cruza? De onde vem e para onde ele vai?

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