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Capítulo 4: Marx pode entrar

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Arrumar a casa, mudar os móveis de lugar, dividir o quarto.

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Deixamos a rua de lado e voltamos para a casa. Agora sim, tudo faz sentido. Agora sim, tudo começa a mudar. A dimensão do privado dá conta dos desejos mais íntimos dos nossos personagens, é onde eles, enfim, são quem realmente são. E como ser quando há o estranho? Como o lar representa o seguro se agora eles o dividem com uma figura um tanto inusitada e (talvez) até mesmo perigosa?

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Não só a dinâmica da casa se modifica com a chegada de Marx – Miguel e Zé têm agora de dividir o quarto, mas a própria relação dos moradores (o que não deixa de ser a dinâmica da casa) – Miguel e Zé têm agora de dividir o quarto e tudo que isso implica. Por exemplo, nunca se pode deixar um figura como essa sozinha no apartamento, afinal, quem o conhece de verdade? Quem sabe o que ele pode fazer e o que pode acontecer caso alguém o descubra ali?

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Quando gravamos a cena da mudança, tivemos algumas visitas em nosso set. Uma delas foi a da Paula, responsável pelas fotos desse post e também pelo making of a seguir:

Capítulo 2: É isto?

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Zé está em uma banda. Ele toca violão enquanto cantamos Lou Reed. Em um ensaio, no estúdio, talvez ele descubra que não conhece tão bem as pessoas que o acompanha. Entre um instrumento que não funciona, e o zumbido da distorção e do mal contato, começamos nosso segundo dia de gravações.

No limite entre o real e a ficção, a cena foi construída através de uma experiência.

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A banda decide quais serão as músicas a ser apresentadas no próximo show. Para isso, o diálogo: para isso a língua. E também conhecer o outro e a língua do outro.

Diferente do Miguel, Zé volta para a casa de bicicleta. E agora, a cidade é isto? É a mesma cidade que os dois conhecem e os leva pra casa?

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